sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Gran Cru (QI 09 Lago Sul)


            De fato foi uma boa surpresa quando conheci este restaurante. Com uma excelente carta de vinhos, podemos combinar o que quisermos: romance, negócios, encontro de amigos.
            Por ser discreto (localizado na parte lateral do comércio de quadra do Lago Sul), é muito adequado para quem não quer ser incomodado. Faz parte da rotina de Brasília, visto que os bares e restaurantes normalmente são os mesmos, que todo mundo se encontre mesmo sem combinar.
            No Gran Cru isso ainda é raro.
            O ambiente é estilo bistrô Frances da Champs Elysee. Mesas discretas para casais e para grupos de no máximo 4 pessoas. Claro que da pra pedir uma mesa maior, mas tira um pouco do charme.
            Os Garçons são garçons de verdade. Sempre presentes e atenciosos. Isso é muito bom. Melhor ainda quando conseguem fazer isso sem ser intrometidos. Isso quando acontece é muito constrangedor.
            Falando em boa comida, podemos apreciar o risoto de ragu com uma excelente combinação de vinho malbec (argentino, claro!). Como dizem alguns, é um prato que faz sonhar com ele depois! Pudemos confirmar isso na prática.
            Mesmo sendo anacrônico, é importante falar das entradas. Muito apropriadas, diga-se de passagem, sem manchar o protagonismo do prato principal.
            E pra não falar em mágica... digo sem medo de errar que após algumas taças de vinho e boa conversa não há quem não fique soltinho! Dica para os namorados que não podem (nem devem) perder oportunidades de criar climas românticos. O final é uma delicia!
            Ou seja, que combinação! Ar parisiense, com vinho argentino, clima ameno de Brasília, próximo ao Lago Paranoá! Muito bom!

            Com boa companhia fica perfeito!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A culinária Chinesa


A imagem que temos da China normalmente nos engana. Em geral, temos a percepção de que os chineses comem todo o tipo de comida, incluindo insetos e cachorros. Não foi bem isso que pude perceber em minha visita àquele país.

O fato é que os restaurantes chineses no Brasil não passam de uma tentativa fracassada de reprodução da culinária chinesa. Acredito que isso se deva ao fato da cozinha brasileira estar ligada a temperos e condimentos mais marcantes, o que afeta as receitas chinesas no Brasil. Pra melhor, em alguns casos.

Escorpião!? Sim, este eu provei. E mesmo tirando fotos, alguns amigos insistiam em dizer que era um truque, que eu não comeria este artrópode de jeito nenhum. Então tive que filmar para mostrar que de fato era verdade. Mas o espetinho de escorpião nada mais é do que escorpiões amarelos vivos (venenosos! que matam uma criança de 3 anos), colocados numa frigideira com óleo estupidamente quente. Sabor? Doritos velho...

As feiras livres são o típico retrato da culinária chinesa. E eles cozinham e fritam de tudo, desde o bicho da seda até os mais sofisticados frutos do mar. Os aromas desta mistura vão do mais bizarro até o mais interessante. Sem falar que os vegetais que acompanham os pratos são também dos mais variados e que muitas vezes duvidamos que pudessem ser feitos daquela forma.

As carnes, no entanto estão basicamente ligadas as aves e ao porco. Eles adoram. Frango, pato e porco misturados aos mais diversos molhos e temperos, muitas vezes agridoces, são os mais consumidos. Mas não se enganem. Eles adoram os miúdos. Definitivamente.

Mas o mais interessante na culinária chinesa se deve a variedade. As mesas de almoço ou jantar, principalmente quando possuem mais pessoas, são redondas tendo o centro girando em falso para que os pratos, dos mais diversificados, passem por você a todo o momento. Assim, é como se fosse um grande rodízio de petiscos.

Pude experimentar empanadas de vegetais (guiozás), os mais variados tipos de porco, frango e frutos do mar. Além disso, alguns moluscos estranhos que, se eu estivesse sozinho, jamais teria pedido ou comido. Como estava com colegas chineses, estes nos apresentam as mais diferentes iguarias. Um colega brasileiro que estava junto não teve a mesma coragem.

O mais estranho foi o um “lábio de peixe”. Este foi realmente esquisito, uma coisa meio cartilaginosa... Os demais foram bem interessantes. Fritos, assados, cozidos, ao molho, etc. Ou seja, as mais diferentes variedades de comidas. Algumas um pouco apimentadas, mas com pimentas que conhecemos muito bem: dedo de moça e malagueta.

Café da manha na china, dificilmente é igual no ocidente. Em alguns hotéis é possível encontrar pães e outras coisas daqui, ou dos EUA. Mas em geral, parece mais um almoço de acampamento: umas sopas estranhas de tofu e os famosos noodles. Noodle é aquele macarrão instantâneo, “miojo” aqui no Brasil. Os chineses comem isso o tempo todo com os mais diversos acompanhamentos. Eu, particularmente, comia isso todos os dias no desejum.

Talvez o mais interessante desta experiência gastronômica chinesa foi o tal Pato de Pequim e o arroz frito. O Pato de Pequim é o prato típico para o turista. Fundamentalmente é um pato assado que vai sendo fatiado e enrolado em pequenas panquecas com um molho shoyu mais adocicado, pepino, pimentão e rabanete. O detalhe é que você escolhe o pedaço do pato e você mesmo enrola (com o hashi) na sua panqueca. O mais divertido (e desafiador) é fazer isso com eficiência...

E o arroz frito nada mais é do que um grande mexido. Com pimenta, é claro.

No mais, deve ser feita menção as bebidas.

Chinês é um povo que bebe! E eu achando que tinha esta habilidade desenvolvida...

Em um jantar de recepção, o convidado de honra é intimado a brindar seguidas vezes com os demais participantes. E com as mais variadas bebidas.

Pude experimentar um vinho australiano, que não me agradou tanto. Mas hoje penso que devia ter ficado nele. Ofereceram-me outro vinho chamado “yellow wine”... Que ressaca!

E o pior é o tal do “campei”! Toda vez que invocavam esta palavra era necessário virar o copo do terrível yellow wine. Era isso ou cerveja quente... Ou pior, um destilado que parecia alfazema... não, não era steinhaeger.

Não sei quem inventou isso! Não sei como estou vivo! E o pior é imaginar as seqüelas que vou ter para o resto da vida...

O Yellow wine é basicamente um vinho branco licoroso. Daqueles bem vagabundos que temos aqui no Brasil. Ou seja, azia engarrafada! Mas, culturalmente falando, acredito que as bases da agronomia devam ter saído de alguma cultura chinesa milenar. Afinal, os chineses bebem igual àqueles veteranos inveterados dos idos tempos de faculdade.

Ficar bêbado na china é bonito. Quanto mais bêbado melhor. Significa que está gostando da companhia e do ambiente. Os garçons são treinados para isso. Eles ajudam aquela chinesada bêbada a ir até o banheiro e no dia seguinte, se você passa mal, vira herói! Kkkkk

Enfim, foi muito interessante ter passado 15 dias na China. Uma experiência vasta na área da comida e bebida, interessante e aziática... (com trocadilio).

Sem falar que chá é o que mais se toma. O tempo todo. E cigarro. Se você não fuma, na China você vai fumar. Nem que seja fumante passivo.

E pra dizer a verdade, apesar de gostar de viajar, voltar pra casa é o melhor. Até por que, cerveja quente não desce...

terça-feira, 28 de maio de 2013

Bacalhau e vinho

De fato, bacalhau é um prato português com certeza. Mas os restaurantes de Brasília tem se especializado bastante nisso. Como já comentei o Francisco tem no bacalhau uma de suas especialidades, assim como o Oliver. Portanto, imagino que Brasília está quase se candidatando a província portuguesa.

O Bela Sintra, restaurante portugues mais novo em Brasília, prima pelo luxo. Os bom restaurantes tem investido em luxo e sofisticação para atender principalmente as exigências dos políticos e executivos das empresas.

Frutos do mar e bacalhau são os pratos mais recomendados. Mas o que me impressionou mais foi o vinho.

Andar com colegas entendidos de vinhos é um prazer. E em alguns casos meu paladar dúvida que a bebida que estamos tomando é vinho de tão diferente que os sabores da bebida podem nos parecer.

Foi o que ocorreu com um vinho escolhido para acompanhar um bacalhau. Um alentejano maravilhoso que surpreendeu desde o primeiro gole. São esses momentos que me fazem respeitar esses enólogos e sommeliers. Incrível!

O restaurante é bom mas não se destaca muito de outros muito bons.

Mas vale a pena conferir.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Romance: flores, comida e, certamente, vinho.

Como não relacionar o romance a um bom restaurante? É ancestral essa relação entre flerte, o reconhecimento mútuo do casal, e a comida. Claro, nos primórdios os homens só se davam bem quando proporcionavam belos banquetes a suas pretendentes. Desde a época das cavernas.

Mas depois que inventaram o vinho, tudo ficou mais legal!

E hoje, como é possível pensar em um relacionamento que não leva em consideração os gostos do casal  pela comida nos principais eventos comemorativos a dois? Aniversário de namoro ou casamento: jantar, é claro.

Claro que o jantar é um momento importante mas não pode, nem deve, vir sozinho. O romance tem que ter enredo. E começa com flores. Flores pra convidar pro jantar.

E agora vamos decidir onde ir?

Bom, eu particularmente acho que o melhor lugar de Brasilia para um jantar a dois, pra comemorar o que quer que seja, é o Soho, no Pontão.

Lugar sofisticado, com uma vista incrível e culinária japonesa. Mas com toque ociental. Bem Nova York. E é claro, regado a espumante. Eu não tenho dúvida que é o melhor lugar de Brasília para um jantar a dois. O Ceviche do Soho é simplesmente fantástico.

Mas é caro e, lembre-se: nem todo mundo gosta de comida japonesa.


Isso pode acabar com o clima de qualquer um. Aliás, quer coisa mais "quebra clima" que o constrangimento de levar alguém pra jantar e a pessoa "odiar" o cardápio? Brochante.

Outro lugar muito legal tem sido as cantinas italianas ou restaurantes mais estilo rococó como o Vila Borguese ou Vila Tevere, menos espalhafatoso. Convence bem.

Um lugar pitoresco para um encontro mais inusitado é o Patú Anú. Esse é espetacular! O lugar é incrível: numa casa a beira do Lago Paranoá, no setor de mansões do Lago Norte, e a comida é surpreendente. Esse, pra mim, é o restaurante de Brasília mais inusitado e interessante. Estaria certamente no Top 5.

Mas uma coisa é certa, tudo faz parte de um enredo que envolve a novidade, o ambiente, a companhia e, sobretudo, em que taça de vinho você está!

O cardápio do Patú Anú é de carnes exóticas como Javali e Jacaré, passando pelo Bufalo. Realmente incrivel. Vale a pena gastar uns 300 paus por casal (no mínimo).


E falando de romance, esse enredo de flores e um jantar no Soho ou no Patú Anú, não tem como dar errado. A não ser que já esteja errado desde o começo e vc só não saiba.

Do contrário, vai dar rock!

Preço: $$$$$
Romance: não tem preço.

PS: não esqueci do Dudu Camargo e seus diferentes estilos. Fica pra um post só pra ele.

Oliver: Clube de Golfe

Os executivos de Brasília precisam diversificar as vezes.

Ficar apenas no circuito Francisco-Piantella começa a ficar chato. Churrascarias tem o inconveniente que comentamos no post do Porcão: não da pra conversar.

Então uma boa opção passa a ser o Oliver.

Bem instalado no Clube de Golf, no setor de clubes, este restaurante une a vista do campo de golfe com o lago Paranoá ao fundo com uma boa opção de pratos variados. Mas ainda não descobri a especialidade da casa.

Sempre me dizem que existe um prato que o Restaurante se especializa, como o caso do Fred, que é o picadinho.

No Oliver, imagino que seja o Bacalhau. Mas neste caso existe a inevitável comparação com o Francisco.

Provei e gostei do bacalhau. Eu particularmente não sou um fã de bacalhau. Em qualquer que seja o restaurante. Experimentei até em Portugal, mas não fiquei totalmente convencido. Questão de gosto.

No Oliver, o bacalhau é bem legal. Talvez um apreciador mais dedicado possa avaliar melhor do que eu.

Tenho ido ao Oliver com uma certa freqüência e já pude experimentar alguns pratos. A costeleta de cordeiro é uma boa, bem gostosa e pode ser acompanhada por um risoto ao fungi porcini.

Este risoto é bem legal. Mas para uma cozinha que deveria se diferenciar, não impressionou a este simples mortal, incluindo os demais pratos que já provei lá. Já experimentei um camarão agridoce que também não tinha nada demais.

Ou seja, não dá pra dizer que a cozinha é o grande diferencial. Mas também não compromete.

Tem uma boa adega e podemos escolher bons vinhos, dos mais sofisticados até os mais equilibrados no custo/beneficio.

O diferencial está no gerente. Ele é um cara bem legal, bem atencioso e comprometido com a qualidade. Os garçons são bem orientados por eles, mas alguns ficam caricatos, tentando se comportar como sommeliers ou gourmets.

No final do dia, eu diria que é um bom restaurante para reuniões de negócios, no almoço ou jantar. Alguns colegas já puderam organizar pequenos eventos e recepções por lá e dizem que foi legal.

Mas não é o restaurante que eu freqüentaria normalmente com os meus amigos no dia a dia. Nem seria minha primeira opção para um jantar romântico. Se bem que a noite existem os eventos musicais que variam bandas e cantores bem legais. Isso realmente é um diferencial que, junto com o ambiente, criam um charme raro em Brasília.

Enfim, mediano de dia.

Agradável a noite.


Preço: $$$$
Diferencial: o ambiente.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Faisão Dourado: podrão que virou cult

Meus amigos, vou falar do Faisão Dourado...

(...)

O que falar do Faisão? Bom, primeiro que ele é a constatação de que a Vigilância Sanitária do DF é, no mínimo negligente! kkkk

Se bem que melhorou muito, mas ainda é insalubre.

Dificilmente vamos encontrar uma picanha, ou filé na chapa, acebolado ou não, tão peculiar.

Peculiar é a palavra. A carne é muito boa, apesar de não sabermos a procedência (nem tampouco o chef - chapeiro). O resto dos acompanhamentos é uma tragédia! Mas combina com o lugar. Ele foi descrito brilhantemente pelo blog Anastacia na feira como "amarelo irritante". Concordo plenamente.

A batata frita é preta e murcha. E pra ser sincero, fui convencido pela minha amiga Giovana Nunes de que isso nem sempre é ruim. Aliás, é um "ponto" da batata disponível apenas em restaurantes como este.

O ambiente é o pior possível. Comparado apenas aqueles botecos que servem PF atras do CONIC. Os pombos dão um ar de Praça da Sé e se não fossem os prédios da 315 Sul, achariamos que estávamos numa fazenda no interior de Goias.

Mas é esse o charme. Quem já comeu comida de fazenda sabe. É uma coisa rústica que acaba sendo bucólica. Tão bucólica e cult que recebe juizes, altos executivos e as mais diversas autoridades.

Lembra a minha juventude: amigos reunidos em mesas de ferro bebendo cerveja e reclamando com o atendimento do garçon.

Mesmo com essa descrição, sabe que o Faisão é um lugar legal? Só cuide para estar preparado para uma tarde de lembranças estomacais se pedir o file acebolado! kkkk

Enfim, eu recomendo... e de repente nos encontramos lá na sexta. Mas chegue cedo por que lota!

Vá sem hora pra voltar pro trabalho. E de preferência, peça a comida depois de umas 3 cervejas.

Se houvesse uma foto para descrever a palavra podrão, seria o Faisão. E olha que existem concorrentes: Pauliceia, Ki File (Cavalcanti) e qualquer outro na W3 norte... kkkk

Preço: $$ (nao é tão barato)
Endereço: SCLS 315

PS: nao aceita cartão... só cheque e dinheiro. Pelo menos até bem pouco tempo...


Porcão: churrasco e tudo mais

De fato, no Brasil fazemos farras gastronomicas!

E as nossas churascarias são os templos destes bacanais modernos. É tanto que os gringos ficam simplesmente adminirados (e até um pouco assustados e constrangidos) quando os levamos para estes templos da gulodisse. Ou melhor, gordice como sugere o novo dicionário popular.

O Porcão tem tudo o que há de melhor na culinaria. E muito. E misturado.

Isso é um pouco confuso para uma mente menos treinada. Um bufet de saladas e um rodizio de carnes constante é o tradicional. Mas ainda se pode experiementar a comida japonesa, peixes e frutos do mar além da sensação de que voce pode pedir o que quiser: tipo, uma feijoada. Acredito que não teriam, mas dariam um jeito de improvisar.

Ou seja, o forte não são as carnes, apesar delas serem de primeirissima qualidade. O forte é a bajulação. E por isso não é o restaurante ideal para um almoço de negócios. O lance lá é enfiar o pé na jaca. Comemorações de aniversário e coisas do gênero são comuns e fazem sentido ao serem realizadas por lá. Almoço com grandes grupos também é uma boa pedida.

A maioria das churrascarias do Brasil tem caracteristicas similares. A diferença está realmente nos quesitos: atendimento, limpeza e regularidade.

O atendimento, como já mencionei é o forte deles. Chega a ser bajulação.
A limpeza é importante, do tipo: chão que não fica engordurado é básico... aliás primeiro sintoma de decadência de churrascaria.
Regularidade: é a manutenção dos dois critérios anteriores pelo maior tempo possível. E isso eles tem há anos.

Outro ponto interessante é o bar do Porcão. Um ambiente descontraido pra um happy hour e com um atrativo raro e indispensavel para algumas familias: briquedoteca.

É, pode parecer brincadeira mas depois que se tem filho, e enquanto ele é pequeno, um bar com briquedoteca é o melhor lugar para manter vivo seu casamento! kkkk

Além disso, tem o clube do Whisky, no qual voce pode ter a sua garrafa reservada. É caro mas é sofisticado e acaba valendo a pena.

Preço: $$$$
Diferencial: briquedoteca.
Endereço: Setor de Clubes Sul.